BAD. O clube da Margem Sul que é o segredo mais bem guardado do swing em Portugal
Com um conceito único, onde o exibicionismo e o voyeurismo se misturam em perfeita harmonia, o BAD destaca-se pelos espaços criativos, ousados e únicos, num ambiente liberal onde a sensualidade é a palavra de ordem.
É numa zona de armazéns, oficinas e espaços industriais de Corroios, no Concelho do Seixal, que fica o clube que, provavelmente, é o segredo mais bem guardado do mundo swinger em Portugal. Com um conceito único, onde o exibicionismo e o voyeurismo se misturam em perfeita harmonia, o BAD destaca-se pelos espaços criativos, ousados e únicos, que as dezenas de casais que todas as semanas o visitam podem explorar, num ambiente liberal onde a sensualidade é a palavra de ordem.
Com uma área total de 400 metros quadrados, o clube está dividido em dois andares. No andar de baixo está o bar e a pista de dança, que serve de palco às atividades principais das festas temáticas que todas as semanas ali acontecem. Já o piso de cima está totalmente reservado ao prazer, às brincadeiras e à descoberta dos sentidos, com elementos únicos, tal como uma cama gigante – com 20 metros quadrados –, onde também funciona um ecrã gigante com filmes para adultos em permanência; ou um labirinto que se divide em pequenas divisões, pensado para funcionar como uma viagem de exploração de cada um dos cinco sentidos.
O clube da Margem Sul, que está prestes a celebrar o seu terceiro aniversário, é o resultado de um exercício meticuloso de planeamento e ousadia por parte dos seus donos e anfitriões. Até 2020, Sílvio e Patrícia, de 49 e 36 anos, respetivamente, eram apenas mais um casal liberal. “Conhecemos praticamente todos os clubes do País e apesar de gostarmos de sair, sentíamos sempre que faltava qualquer coisa nos clubes que frequentávamos”, explicam à Kinks.
O piso de cima do BAD está totalmente reservado ao prazer, às brincadeiras e à descoberta dos sentidos. Aqui há, por exemplo, uma cama gigante – com 20 metros quadrados –, onde também funciona um ecrã gigante com filmes para adultos em permanência. Há ainda um labirinto que se divide em pequenas divisões, pensado para funcionar como uma viagem sensual de exploração de cada um dos cinco sentidos.
Em 2020, a pandemia de Covid-19 funcionou para o casal como a desculpa perfeita para começar a projetar o clube que gostavam de ter. “Foi uma altura em que tivemos demasiado tempo para pensar e assim o projeto foi ganhando contornos mais claros”, conta o casal, assegurando que a tarefa não foi complicada: “sabíamos muito bem o que queríamos”. Pouco tempo depois, encontraram o espaço e, em outubro, de 2021, o BAD abria portas pela primeira vez.
Inicialmente, o clube abria apenas duas vezes por mês. O crescimento que teve – o BAD conta já com mais de mil membros – levou Sílvio e Patrícia a repensar a frequência das festas. Atualmente, está aberto às sextas-feiras e aos sábados, entre as 22h00 e as quatro da manhã. Os sábados estão reservados para casais (e trios), enquanto nas noites de sexta-feira é permitida a entrada a singles – sempre mediante reserva antecipada. Nas noites mais concorridas, chegam a estar quase 200 pessoas em simultâneo no clube.
“Queríamos fazer algo diferente, com um conceito que fugisse à regra do que existe em outros espaços semelhantes”, recordam à Kinks. “Por exemplo, originalmente, não havia uma única porta no clube. Todos os espaços eram abertos”, revela Sílvio, explicando que o objetivo era potenciar o voyeurismo e o exibicionismo. Só a vontade de tornar o clube o mais abrangente possível e satisfazer todos os “gostos, dinâmicas e sensibilidades” de quem visita o BAD levou a que o espaço passasse a contar com três áreas em que é possível estar completamente em privado – uma das quais com uma temática BDSM e outra com uma pequena janela fechada, perfurada ao estilo de um confessionário por onde é possível espreitar o que se passa lá dentro.
As restantes áreas são abertas e de livre circulação, com espaços delimitados apenas por cortinas – de um lado opacas, do outro transparentes. Cada um destes espaços tem a sua própria identidade. Há um com uma cama de rede suspensa por cima de outra, pensado especificamente para permitir uma observação privilegiada aos voyeurs. Há ainda um espaço BDSM com um baloiço, uma cruz de St. Andrew e acessórios para os mais kinky; e um outro com uma janela ao estilo de aquário, que permite a observação de toda a ação a partir de fora. Este espaço tem ainda uma piscina de bolas, que permite uma imersão sensorial única.
O BAD tem ainda um quarto escuro, com gloryholes masculinos, colado a um corredor escuro para quem quer ver e, usar estes buracos. Além dos gloryholes masculinos, o clube conta ainda com dois gloryholes femininos, algo inédito nos espaços liberais do nosso País. “Somos muito equitativos com as coisas, gostamos que os homens e as mulheres tenham as mesmas oportunidades. Tínhamos visto este tipo de gloryholes em vídeos e achámos que seria uma coisa interessante de ter”, revela o casal à Kinks.
Um elemento permanente nestes espaços é a presença de dildos, de todas as formas, tamanhos e texturas. Pendurados na parede, presos a bolas de Pilates ou a outros elementos de mobiliário, estão disponíveis para ser usados por quem se quiser divertir (em cada um dos espaços o clube disponibiliza preservativos – masculinos e femininos – toalhas e artigos de higienização para garantir a segurança e proteção de todos os clientes).
Há um espaço com uma cama de rede suspensa por cima de outra, pensado especificamente para permitir uma observação privilegiada aos voyeurs. Há ainda um espaço BDSM com um baloiço, uma cruz de St. Andrew e acessórios para os mais kinky. Existe ainda um outro espaço com uma janela ao estilo de aquário, que permite a observação de toda a ação a partir de fora.
As regras do clube ditam que as cortinas que existem em cada um destes espaços distintos funcionem como paredes. “As pessoas podem ver, mas não entrar a menos que sejam convidados”, explicam, salientando que “todas as pessoas que frequentam o BAD respeitam estas regras de etiqueta quase religiosamente”.
Em conversa com a Kinks, o casal anfitrião confessa que nada é feito ao acaso no BAD. Todos os novos casais são recebidos com um copo de espumante e uma visita guiada por parte de um dos elementos do staff do clube. Nesta verdadeira experiência imersiva, é dado a conhecer cada um dos espaços do clube, os conceitos associados e, claro, as regras (por exemplo, há zonas em que, mesmo nos dias em que é permitida a entrada de singles, estão reservadas exclusivamente a casais).
Já as festas temáticas – todos os dias há um tema subjacente, com os sábados a serem palco de festas mais elaboradas – são planeadas ao detalhe. “Começamos a preparar tudo, pelo menos, com três meses de antecedência, para garantir que tudo corre como planeamos e que toda a gente se diverte ao máximo”, explica o casal.
O cuidado com os detalhes, os espaços criativos e convidativos, associados a um ambiente leve, com gente bonita e educada, estão a transformar o BAD num verdadeiro fenómeno de sucesso, procurado por cada vez mais pessoas do meio liberal. “O clube está a crescer e nós sentimos isso. Todas as semanas recebemos novos casais que nos querem visitar”, partilham com a Kinks, esclarecendo que o clube está aberto a todos os casais, desde os mais liberais aos mais tímidos, “que querem sair, conhecer o meio, conhecer o clube e observar outros casais antes de se aventurarem mais”.
“A nossa expetativa é continuar a crescer e proporcionar algo que nos dá imenso prazer, que é oferecer um espaço onde as pessoas se possam divertir de forma liberal e sem tabus”, revela o casal à Kinks.
Se ficou curioso e quer conhecer o BAD, tudo o que tem de fazer é entrar em contacto com o clube. através do seu site ou por telefone, pelo WhatsApp (938584071). Pode ainda acompanhar a conta de Instagram do clube, onde são partilhadas antecipadamente os temas de todas as festas semanais.