Estes são os piores encontros de sempre do Tinder (contados por quem os viveu)
Quem já teve dates marcados através de Apps sabe que há sempre a probabilidade de voltar para casa com uma história hilariante, bizarra ou assustadora. Estas são as melhores, contadas na primeira pessoa.
Não há grande volta a dar. As Apps de encontros fazem parte das nossas vidas e são uma das formas mais eficazes de conhecer pessoas novas. Os números não mentem. Um estudo publicado no “Journal of Social and Personal Relationships” indica que, atualmente, 30% dos casais conheceram-se através de uma App de encontros. Apesar de haver “matches” que evoluem para histórias de amor dignas de uma comédia romântica, o oposto também é verdade: o mesmo estudo revela que 12% dos utilizadores deste tipo de Apps afirmam ter tido encontros muito desagradáveis ou embaraçosos.
Quem já teve encontros marcados pelo Tinder, pelo Bumble ou outra App de encontros sabe que há sempre a probabilidade de voltar para casa com uma história hilariante, desconcertante e, por vezes, verdadeiramente assustadora. Desde encontros onde a pessoa não tem nada que ver com as fotos de perfil, em que tem mais 15 anos do que dizia, onde a química simplesmente não existe, até situações absurdas que parecem saídas de um pesadelo, os utilizadores do Tinder têm muito para contar.
É no Reddit que muitos dos que passam por estas situações partilham os seus relatos na primeira pessoa. A Kinks mergulhou a fundo nesta rede social e encontrou no fórum CasualPT os testemunhos mais bizarros, caricatos e até assustadores dos piores encontros do Tinder, todos relatados na primeira pessoa.
Veja aqui os testemunhos mais surreais:
Concorrência desleal
“Dei match e combinamos ir a uma daquelas festas locais. Quando cheguei, percebi que, para além de mim, ela tinha convidado mais seis gajos (por mais impressionante que pareça, um deles ficou meu amigo). No dia seguinte mandei-lhe uma mensagem a dizer ‘para a próxima traz uma amiga para mim’. A cena é que ela convidou outra vez para nos encontramos e disse que, desta vez, trazia uma prima para mim. Só que na altura viajava muito e estava a três horas de distância e disse-lhe: ‘fica pra próxima’. Não houve próxima, mas ainda bem que não houve.”
Mesa errada
“O gajo tinha mais 14 anos do que estava escrito no perfil (e as fotos eram antigas). Chegou uma hora e tal atrasado, foi sentar-se na mesa com outra gaja porque já não se lembrava como eu era das fotos (e depois de estar na mesa certa, confessou que desde que começamos a falar que nem olhou para as minhas fotos, por isso não se lembrava). Falou imenso sobre a mãe que andava com dois gajos, 20 anos mais novos, em como ele não parecia ter a idade que tinha (parecia, sim!), em como andava no ginásio e é muita bom naquilo, e em como a malta nova (ele tinha 50) põe -se em risco nesta cena dos dates e que tinha até esperança que eu não aparecesse. Ficou desapontadíssimo por eu dizer que não era para repetir e ao fim de meses ainda voltou a mandar mensagem a dizer que gostava de repetir”.
Encontro a quatro
“Combinámos o encontro num shopping, ir ao cinema. Quando cheguei percebi que ela era completamente diferente das fotos, mas nem liguei muito a isso. O problema é que ela tinha quatro bilhetes na mão para o filme que tínhamos combinado ver e explicou-me que tinha convidado os pais para vir ao cinema connosco. Fiquei super desconfortável, disse-lhe que ia à casa de banho e fui embora.”
“Chego ao date e nos primeiros 20 segundos percebo que estou a falar com uma pessoa agressiva. Falou várias vezes mal do ex e de desavenças com os vizinhos. Eventualmente, fiquei a perceber que a profissão dela era comércio de peças roubadas de carros.”
O comboio do amor
“O gajo tinha as unhas compridas e estavam pretas por baixo. Além disso, o aspeto dele também não aparentava limpeza. Fiquei com vontade de fugir mas ainda aguentei umas horas nas quais tenho a certeza que ele esperava que fosse acontecer mais qualquer coisa. Mas não só eu não lhe tinha prometido nada, como tive também um bocado de nojo dele. Quando cheguei a casa parecia que me tinha saído um peso de cima. Uns dias depois, ainda me mandou uma mensagem a dizer que não ia esperar para sempre e que a vida era como os comboios. Eu disse-lhe que então que não ia apanhar esse comboio. LOL.”
A tradutora de inglês
“Uma vez enrolei-me com uma gaja que era tradutora numa grande empresa. Tudo a correr lindamente até ao momento da verdade em que percebi que ela, durante o acto, só falava em inglês”.
Pouco ambicioso
“O rapaz de frente não era terrível, mas de perfil parecia um velho. Tinha os sapatos mais feios que já vi. Futilidades à parte: tinha 34 anos estava num emprego que odiava e onde só trabalhava umas três horas por dia (zero ambição). Não tinha carta de condução (eu tinha carro, não precisava que ele tivesse carro, mas precisava que soubesse conduzir). Em conversa eu disse que trabalhava num banco e ele perguntou logo qual era, para saber se eu teria acesso à conta dele. Eu disse: ‘não te preocupes que não tens conta lá’ e ele pensou que eu estava a insinuar que ele era pobre e que eu trabalhava num banco de ricos… Depois expliquei que era só porque não lidávamos com particulares. Diz que só foi para a faculdade para poder sair de casa dos pais… E que mentiu aos pais sobre ter terminado o curso na faculdade.”
No chão é que é bom
“O pior foi quando fui ter com uma rapariga a casa dela. Já sabia para o que era e, se não fosse isso, tinha fugido a sete pés do quarto dela. Roupa espalhada, não tinha cama, só colchão no chão, a TV no chão também, um cinzeiro ao lado da cama cheio de beatas e cinzas, janela aberta para uma árvore que devia ter imensos bichos (felizmente não vi nenhum). Absolutamente horrível.”
” Em conversa eu disse que trabalhava num banco e ele perguntou logo qual era, para saber se eu teria acesso à conta dele. Disse-lhe: ‘não te preocupes, que não tens conta lá’ e ele pensou que eu estava a insinuar que ele era pobre.”
A última bebida foi a mais
“Acho que sou uma pessoa simpática e por mensagem sinto-me à vontade, toda saidinha, até faço sexting na boa… Mas quando vou a um date pessoalmente bloqueio e morro de vergonha. Não consigo ter uma conversa decente. Por isso, comecei a beber no date para ficar mais solta, mas a coisa descontrolou-se e acabei a vomitar no carro do gajo. Agora tenho um trauma ainda maior!”
Não quero [mais] filhos
“O meu penúltimo encontro foi com uma mulher tinha um perfil onde dizia ‘não quero ter filhos’. Quando chegou ao encontro levava com ela dois filhos e uma prima de quem ela disse estar a ‘tomar conta’. O pior é que tinha marcado o encontro num restaurante caro de Gaia. Eu bebi um gin de 10 euros. Ela pediu quatro ou cinco cocktails de 15 euros, os putos comeram camarão e outras merdas que tais e a prima pediu quatro vezes a mesma entrada (custava uns oito ou nove euros cada entrada). Mesmo sabendo que não me ia voltar a encontrar com ela, tentei ser simpático e disse-lhe que podíamos dividir a conta em dois. Ficou furiosa e disse que devia ser eu a pagar porque tinha sido eu a convidar e a escolher o restaurante. Levantei-me para ir à casa de banho, passei pelo balcão a pagar a minha bebida e saí sem me verem. Não sei como ficou depois porque a bloqueei em todo o lado.”
Banda suplente
“Combinamos ir a um concerto. Ele não disse nada nos dias anteriores ao concerto, então assumi que estava cancelado. Fui na mesma com uma amiga. Ele apareceu com a namorada e um grupo de amigos.”
A culpa é do guarda-roupa
“Segundo encontro, combinamos um jantar. Cheguei à hora combinada à rua dela, mando mensagem a dizer que cheguei e nada. Sem stress porque são quase todas muito demoradas. Passados 10 minutos mando outra mensagem e nada. Ligo e não atende. Esperei mais 10 minutos e fui embora para casa. Mais tarde responde a pedir desculpas porque esteve a chorar o tempo todo por não ter nada para vestir.”
Ex para que te quero
“Foi o primeiro, único e último: ficámos 80% do tempo só a falar da ex dele… Mesmo quando tentava mudar de assunto ele conseguia sempre trazer o mesmo assunto. Depois recebeu uma chamada da ex e ficou a falar com ela ao pé de mim, e ia falando comigo pelo meio, para a ex ficar a saber que ele estava com uma gaja.”
Um date em pulgas
“Um match com quem estava a falar ganhou dois bilhetes para ver um jogo do Sporting e convidou-me. Eu aceitei, unicamente para ver o jogo grátis, porque ele era estranho, bem mais velho e tinha vários cães que viviam dentro de casa. Cheirava a cão molhado e, de cada vez que o Sporting marcava, fazia questão de me abraçar. Para mal dos meus pecados, o Sporting ganhou 3-0 nesse dia. Tudo bem, conversámos antes e durante o jogo, percebi o quão estranho ele era e no fim arranjei uma desculpa para me ir embora e ficou por aí. Pensei que tinha acabado. No dia seguinte começo a sentir imensa comichão pelo corpo e vejo umas picadas no braço. Enviei foto a um amigo que tem animais e ele disse-me que parecia picadas de pulga. Ou seja, não só ele era estranho, como ME PASSOU PULGAS!!!! Um date em Alvalade fez-me tomar banhos com água a ferver, lavar toda a minha roupa, aspirar até o colchão e almofadas e lavar o quarto todo com lixívia para ter a certeza que fosse o que fosse, não se iria proliferar.”
São 3 cafés, sff
“Ir a um encontro com uma mulher e quando nos encontramos, a prima dela estava ao lado, a acompanhá-la, “supostamente porque era mais seguro” para nos encontrarmos. E sim, o café foi a três. Fiquei a saber que eu tinha cara de Ted Bundy.”
Uma amante de carros
“As fotos dela eram classy, tinha uma de vestido preto comprido, outra num restaurante de sushi, maquilhagem bem feita, cara bonita, olhos azuis, peito grande, boas pernas, etc… Fisicamente era o meu tipo de mulher. Chego ao date e nos primeiros 20 segundos percebo que estou a falar com uma pessoa do bairro. Era uma autêntica guna. Agressiva, imponente, falou várias vezes mal do ex, de desavenças com os vizinhos, e eventualmente fiquei a perceber que a profissão dela era comércio de peças roubadas de carros. Carros e condução eram 90% da identidade dela. Depois do jantar fomos para minha casa e a viagem pareceu um rally. Ela fez questão de apontar todos os erros que viu os outros condutores na estrada a fazer. Pensei: ‘Nunca vou conduzir com esta gaja no carro’. Pensei: ‘Não é para casar mas pode dar para divertir’. Chegamos a casa, servi um copo de vinho e fomos para o sofá flirtar. Como eu esperava, lentamente começou a desaparecer aquela capa dura e as barreiras. Ela começou a encostar-se a mim mas não de forma a nos beijarmos, cobriu-se com uma manta e parecia simplesmente querer carinho e conforto. Pensei logo: ‘daddy issues ou é daquelas que não consegue estar sozinha…’. Nisto perguntei pela família e pelo pai e confirmei que se dá mal com o pai. Deixei-a estar 5 minutos e de repente ela recebe uma chamada. Era a melhor amiga guna dela. Estava na bomba de gasolina e começou a fazer o relato inteiro da experiência, em alta-voz como é típico desta gente. Eu fico a olhar tipo: ‘WTF?’. Ela deita-se e começa a falar com a amiga: ‘Ai amiga isto, ai amiga aquilo’. Passam 2 minutos e eu começo a pensar: ‘esta indivídua não vai desligar o telemóvel’. Meto-me a pé e vou lavar loiça, lavo os dentes e a preparar para a mandar embora. Nisto passou pelo menos 15 minutos ao telemóvel e durante a chamada eu faço-lhe olhares constantes de: ‘não vais desligar essa merda?’. Eventualmente ela desliga e diz algo como: ‘ah, porque é que não estás aqui ?’, a falta de noção… Aqui eu flippo a ficha e penso: eu vou ter que retirar alguma coisa desta experiência, isto não fica assim. Eu digo-lhe que “já é tarde acho melhor ficarmos por aqui e continuamos numa próxima”. Ela fica a olhar para mim com cara de parva e diz ok. Passado uma semana manda mensagem, eu respondo que estou cheio de trabalho e nunca mais falei com ela.”