Nunca se compraram tantos brinquedos sexuais como em 2023

Só no ano passado, o volume total de vendas somou 30,1 mil milhões de euros. O crescimento deste mercado tem vindo a acentuar-se desde 2019 e espera-se que atinja os 74,3 mil milhões de euros em 2030.

A indústria do bem-estar sexual está em ebulição. Em 2023, o segmento representou vendas na ordem dos 30,1 mil milhões de euros em todo o mundo. Um recorde que reflete uma acentuada curva de crescimento que começou em 2019 e que não dá sinais de abrandar. Antes pelo contrário: os especialistas acreditam que este mercado poderá chegar a valer 74,3 mil milhões de euros anuais até 2030.

Só entre 2019 e 2020, o negócio dos sex toys cresceu 26%, em grande parte devido à pandemia e à necessidade de as pessoas manterem algum grau de sanidade mental (e sexual). Neste período, os solteiros apostaram na exploração e no aumento do prazer a solo, mas os casais também se mostraram mais interessados em trazer novas experiências sexuais para as suas relações durante o confinamento. A exploração sexual inspirada pela pandemia também levou a que as pessoas se tornassem mais excêntricas e aventureiras na sua vida sexual, de acordo com dados recentemente divulgados pela plataforma mundial de estatística, Statista.

É evidente que para este boom de venda brinquedos sexuais também contribuiu a evolução da indústria do bem-estar sexual. Nos últimos anos, e os brinquedos sexuais, entre outros produtos como lubrificantes e acessórios sensuais, tornaram-se mais acessíveis, mais inovadores, mais tecnológicos e mais apelativos.

Em 2023, houve mais pessoas a comprar, ter e utilizar brinquedos sexuais – a solo ou com os seus parceiros – do que nunca. Mais de 160 milhões de americanos possuem um brinquedo sexual e mais de 56 milhões possuem mais de cinco brinquedos sexuais, de acordo com a Statista. A plataforma revela que 30% das pessoas usam brinquedos sexuais pelo menos uma vez por semana, seja sozinhos, com o parceiro ou ambos.

Os dados mostram ainda que 82% das mulheres têm, pelo menos, um brinquedo sexual. E os mais populares são os vibradores.

Outra tendência que se tem verificado nos últimos anos é o facto de as pessoas estarem dispostas a investir cada vez mais dinheiro no seu bem-estar e prazer sexual. Em 2022, 40% de quem tinha brinquedos sexuais dizia ter gasto 100 ou mais euros em sex toys.

Apesar do crescimento do sector, a verdade é que os dado mostram que os brinquedos sexuais e o prazer ainda são um tema tabu para muitos. A maioria das pessoas (cerca de 66%, segundo a Statista) optam por comprar os seus brinquedos sexuais online. E as embalagens discretas continuam a ser um dos elementos mais valorizados por quem compra.

Um inquérito que questionava acerca do que impede as pessoas de comprar brinquedos sexuais, a maioria dos participantes disse que se sentia envergonhada por ter em casa produtos desta natureza. Isto apesar de, quando questionadas se teriam interesse em ter um brinquedo sexual, 39% confessaram ter “muito interesse”.

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